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domingo, 27 de janeiro de 2008

O Brasil deveria refletir sobre as aparentes conquistas

O Brasil tem algo a comemorar: recente o relatório "Situação Mundial da Infância 2008", do Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância) mostra que diminuiu a mortalidade infantil em nosso país. Brasilia tem algo a comemorar: é a unidade da federação que possui os melhores resultados. Em Brasília, foi criada a Bolsa-Escola, que hoje, em vigor e com algumas alterações é conhecida como Bolsa-Família. Ela teve grande impacto nesses resultados. Em Brasília, o programa Saúde em Casa, que foi implantada no governo entre 1995 e 98, e tem sido aplicado, com interrupções ou não, de maneira impactante na realidade dos moradores do Distrito Federal. Contudo, há que analisar com olhar mais atento... O Brasil compara os resultados com ele próprio. Se comparar com os outros países, não melhora no ritmo necessário. lamentavel - periodo nao aumentou a qualidade da escolaridade. Outro detalhe. Pare e pense nas famílias que conseguiram manter seus filhos vivos. Certamente, esses felizes sobreviventes contam com um futuro triste à frente, com algumas possibilidades quase certas: serão analfabetos, não terminarão o Ensino Médio ou se terminarem, não aprenderão com a qualidade necessária para ir adiante. Comemoramos resultados, e fingimos fechar os olhos ao momento de apagão educacional em que vive o país. Todos os resultados apontados em avaliações nacionais e internacionais realizados e divulgados no ano passado, apontam que andamos para trás. Enorme evasão no Ensino Médio, enorme quantidade de problemas de saúde das crianças e jovens que frequentam as escolas em todas as séries, enorme falta de qualificação dos pais (que os tira do mercado de trabalho e dificulta a progressão escolar dos filhos), falta de qualidade na alfabetização das crianças que vão sendo levadas para séries adiante sem ter construido bases sólidas em conhecimentos fundamentais como leitura e operações básicas (somar, subtrair, dividir e multiplicar...). E o que é pior: em 2007, os recursos repassados à educação aumentaram. Ou seja, o problema não é só de recursos mas de gestão. Não podemos ser pessimistas. Comemoremos os bons resultados mas sem esquecer das realidades ao redor...
Por Cristovam Buarque

sexta-feira, 25 de janeiro de 2008

Paternidade da Tarifa A

Tem gente, neste ano eleitoral, se apegando a todo tipo de argumento para estabelecer vínculos de paternidade da redução da tarifa B para a A na maioria das linhas de São Lourenço da Mata. Nos quatro cantos da Cidade vemos tudo quanto é de divulgação de pessoas se auto-intitulando Pai (ou mãe) da matéria

Ex-vereadores, ex-prefeito, ex-candidatos a vereadores enchem a Cidade de faixas e cartazes, dão entrevistas e vão para o boca-a-boca defender a paternidade. Ah, se fosse feito um DNA! Queria ver: muitos nem parentes de quinto ou sexto grau seriam. Alguns badalam o tempo todo na Imprensa falada, sem nunca ter feito qualquer tipo de mobilização popular ou participado das reuniões comunitárias onde, infelizmente, os técnicos da EMTU se apresentam tão-somente para justificar os mandos (ou desmandos?) da Empresa.

O fato é que o povo carece de reivindicações que culminem com resultados positivos. Essas bravatas públicas, próximas às eleições, a priori, em nada somam para resolver problemas dessa natureza. Somente a força do movimento popular é capaz de demover governantes a fazer o que querem com o povo.

O capricho mesquinho de manter a tarifa B para São Lourenço da Mata, até então, foi puramente de vontade política, tanto que o governador Eduardo Campos, quando candidato veio aqui a São Lour3nço da Mata e garantiu que baixaria o preço da Passagem e passaria toda Região Metropolitana do Recife para o anel A. Baixar a passagem, não baixou porque esse seria um projeto subsidiado pelo governo federal que recuou quando perdeu a CPMF. O governo do Estado ainda não cumpriu a promessa a contento, pois o Parque Capibaribe vem pagando tarifa B. (Outras Cidades de percursos mais extensos pagam tarifa A).

Ademais a tarifa convertida para de B para A não vai garantir barateamento das passagens. Se o sistema apresentar perda de receita não vai aceitar situação deficitária por muito tempo. Logo, novos aumentos poderão vir para compensar receitas. Então é hora de apresentar ao Governo do Estado fontes de receitas para subsidiar os meios de transportes coletivos populares.

As demandas da população são antigas. Porque como Cidade dormitório, São Lourenço da Mata tinha discriminado. Quando alguém procurava emprego na Região Metropolitana não conseguia, pois os empresários não estavam dispostos a fornecer o vale transporte de tarifa elevada. (Lembrando que o Parque Capibaribe continua nesta situação, pagando tarifa B).

Enquanto isso, muitos desses pseudos líderes, vereadores de vários mandatos, secretários municipais e o próprio poder executivo municipal, sequer estiveram presentes nas lutas e nos debates dos transportes coletivos. Lembro-me quando fui coordenador do Seminário de Transportes Coletivos da Zona 9, em São Lourenço, tratamos sobre a volta do trem de passageiros, redução dos preços das passagens, aumento de frota. Extensão do metrô até São Lourenço, ente outras reivindicações. E, essa gente, não estava lá.

Passamos oito anos trabalhando numa Empresa do Rio de janeiro. O que nos forçou afastamento do movimento popular. Mas, felizmente, aqui estamos de volta à luta. Hoje espero não somente escutar se falar em passagens, integração, aumento de linha de ônibus e bravatas sobre o Metrô. Esse último somente virá para cá com grande mobilização, vontade política dos governantes; dos nossos deputados federais e da sensibilidade do Governo Federal, por representação do seu Ministério dos Transportes.

Entenda-se que o problema de transporte coletivo em São Lourenço é mais abrangente do que se pensa. Senão, vejamos:

O sistema viário está um caos – de que adianta ter ônibus se as ruas não dão condições de trafegabilidade?

Terrenos foram doados e casinholas foram construídas indiscriminadamente não permitindo circulação de ônibus e outros tipos de transportes de maior porte.

O transporte alternativo é desordenado, não atende a necessidade de linhas e de horários da população.

O poder público não abraça a causa da vinda do metrô.

O Município não tem estrutura nem estudo técnico acerca da realidade dos transportes nem a curto, médio ou longo prazo.

Para propiciar viabilidade viária por toda Cidade será necessário alargar ruas e avenidas, criar integrações locais, construir acessos, proceder a indenizações, remover postes, canos de saneamentos, sistema de abastecimento de água, etc., etc.

O assunto tem que ser tratado com mais critério, sem demagogia e com muito debate para se apresentar um plano que oriente melhor o planejamento do poder público.
Escrito por Adeildo Santos
Em 25/01/2008


quinta-feira, 24 de janeiro de 2008

Universidade Leonel Brizola traça metas para 2008

A implantação de uma tele-sala em cada um dos dez maiores municípios de cada estado brasileiro até julho de 2008, a formação de três tutores por cada tele-sala e a instalação de tele-salas em no mínimo dez por cento do 5.565 municípios brasileiros até dezembro foram as três principais metas traçadas para 2008 nesta segunda-feira (21/01) em Brasília, na sede nacional do PDT, no II Encontro dos Colaboradores da Universidade Leonel Brizola.
O encontro reuniu cerca de 50 pedetistas procedentes de todo o país sob a direção do presidente da Fundação Leonel Brizola – Alberto Pasqualini (FLB-AP), Manoel Dias; e a presença, entre outros, do senador Cristovam Buarque, e da professora Dalva Dias, autora do projeto de instalação da ULB.Os coordenadores da ULB - Leonardo Zumpichiatti, secretário-executivo e Ricardo Viana, coordenador pedagógico – apresentaram o calendário de aulas para 2008, que começa dia 16 de fevereiro, e também a grade de cursos deste ano que incluirá orientação jurídica para as eleições municipais de outubro; curso para fiscalização de urnas eletrônicas; e noções de gestão pública; além de outros, como História do Trabalhismo, Formação de Núcleos de Base, Programa do PDT, Políticas para a Educação e Ética na Política.
Manoel Dias, na abertura da reunião, reiterou a sua convicção de que o uso da televisão como ferramenta para formação política é o caminho para a libertação dos brasileiros até porque recente estudo do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) concluiu que mais de 51% do eleitorado do país não concluiu nem o primeiro grau. “A politização dos brasileiros, hoje, passa obrigatoriamente pelo uso de recursos como a educação à distância pela tevê – caminho que optamos seguir para difusão da ideologia Trabalhista através da Universidade Leonel Brizola”, argumentou.
Segundo Manoel Dias, o que diferencia o PDT dos demais partidos brasileiros, é a defesa intransigente que sempre fez da Educação – graças à liderança e ao empenho de Leonel Brizola ao longo de toda a sua vida. “A defesa dos direitos do trabalhador e especialmente o direito à educação, sempre foi a nossa bandeira”, destacou, acrescentando que no mundo de hoje, mais do que nunca, é necessário priorizar a formação política da militância.
Fazendo um balanço desde o início das transmissões em junho de 2007, Manoel Dias assinalou que passada essa primeira fase, a de instalação, abre-se novo caminho para a ULB através do aperfeiçoamento de seus cursos, melhorando o conteúdo deles, e também da continuidade da construção da audiência – inaugurando novas tele-salas pelo país. Ele fez um relato de suas andanças pelo país – citando como exemplos de bons resultados a inauguração da tele-sala da favela da Maré, no Rio de Janeiro, a formatura de turmas em São Lourenço da Mata, em Pernambuco; e o trabalho de Mário Rocha, em Roraima, onde a ULB tem cerca de 2 mil alunos matriculados.Além das metas para 2008, Manoel Dias destacou ser fundamental o trabalho de difusão da ULB pelas direções partidárias regionais, como forma de conscientizá-las da necessidade de fortalecer cada vez mais a formação política da militância, consolidando o PDT como opção à esquerda. Um desses caminhos, acrescentou, é aumentar a presença da universidade no dia-a-dia partidário trabalhando, por exemplo, na preparação ideológica nos candidatos do PDT que disputarão as eleições municipais. Manoel Dias disse também estar nos planos formar, ainda no primeiro semestre deste ano, os conselhos político e administrativo da ULB, com o objetivo de disseminar ainda mais dentro do PDT o trabalho de construção da ULB.
Dalva Dias, por sua vez, falou da necessidade estratégica do projeto da ULB se disseminar entre as direções regionais do partido, como forma de se consolidar e expandir o seu alcance. Dalva criticou a não presença de dirigentes no encontro, ressaltando a importância da união de todos no trabalho, que considera permanente, de aperfeiçoamento do projeto.
O senador Cristovam Buarque, em sua rápida intervenção, ressaltou a importância do trabalho da ULB por dar visibilidade a principal bandeira de luta do partido, a Educação. Cristovam defendeu a educação como caminho verdadeiramente revolucionário para o povo e colocou-se à disposição da ULB.
Em seguida foi apresentado relatório operacional e de planejamento estratégico da ULB por Leonardo Zumpichiatti, secretário executivo; seguida da exposição de Ricardo Viana sobre as questões pedagógicas relacionadas ao trabalho de implantação da ULB. Foi apresentado balanço sobre a instalação de tele-salas no país, número de matriculados e aulas ministradas nessa primeira fase de funcionamento.
Depois cada um dos representantes estaduais presentes, fez um balanço detalhado das atividades da ULB em suas respectivas unidades – com o objetivo de trocar experiências entre os participantes do encontro. Ainda nessa fase, o representante do estado de Roraima, Mário Rocha, recebeu placa pelo fato de ter sido o lugar onde a ULB realizou o maior número de matrículas – 2. 239 – e ser o estado com o maior número de tele-salas em funcionamento, espalhadas inclusive pelo interior. Em seguida, após intervalo do almoço, os presentes foram separados em grupos geográficos para, em conjunto, trocarem experiências e discutirem inovações para o desenvolvimento regional do trabalho da ULB, por escrito, para publicação no relatório final do encontro. Um outro grupo foi formado, este constituído por jornalistas e pessoas ligadas a televisão, para discutirem a produção de conteúdo para veiculação na grade da ULB – especialmente programas educativos e jornalísticos.

No final do dia, em plenária final, cada grupo apresentou relatório específico – como contribuição para o documento final com o somatório do trabalho que está sendo produzido e será distribuído para todos os estados, com um dignóstico da ULB, além do plano de metas detalhado para 2008 que inclui, também, a instalação de bibliotecas e videotecas em todas as tele-salas e o oferecimento de aulas em horários alternativos as transmissões de sábado pelos canais do Centro Brasileiro de Educação à Distância (CBED).
Cada um dos participantes recebeu, ao chegar, uma pasta contendo os principais municípios alvos em seus respectivos estados, onde deveria ser priorizado o trabalho de criação de tele-salas; além do calendário de aulas, a grade da programação e, consolidados em DVDs, três dos principais cursos veiculados pela ULB no seu primeiro semestre de funcionamento, para difusão: História do Trabalhismo, Formação de Núcleos de Base e Conhecendo o PDT. (OPM)
23/01/2008 Ascom PDT/OPM



quinta-feira, 3 de janeiro de 2008

O povo venceu

Mais uma vez o povo venceu. Depois de muitas reclamações e muita pendenga. A agência da Caixa Econômica Federal, aqui em São Lourenço , abriu suas portas que dão acesso aos caixas eletrônicos, também aos sábados, domingos, dias santos e feriados. Vamos lembrar como tudo aconteceu:

1 - Na condição de cidadão, enviei um e-mail à Ouvidoria da Caixa Econômica Federal informando que essa atitude estava causando transtorno à população que estava se deslocando para Camaragibe ou ao TIP-Terminal Integrado de Passageiros, no Curado para usar esses serviços.

2 – Poucos dias depois recebi um telefonema do gerente da aludida agência, tentando ponderar que, até então, não tinha recebido reclamação de nenhum cliente sobre o fato, mas se prontificando que estaria adaptando as portas para dar acesso ao atendimento nos caixas eletrônicos nos períodos já citados.

3 – Passados aproximadamente 03 meses sem providências ou notícias, na condição de Presidente do PDT – Partido Democrático Trabalhista de São Lourenço da Mata, enviei ofício à agência. Obtivemos silêncio como resposta.

4 – A seguir, fomos apoiados pelo PRTB – Partido Renovador Trabalhista Brasileiro e PPS – Partido Popular Socialista que juntos com PDT formam o Movimento União Independente de São Lourenço da Mata. Produzimos um documento conjunto e enviamos a Olvidaria da Caixa acompanhado de 150 assinaturas que coletamos de clientes insatisfeitos com o serviço. Nesse ínterim, contamos também com o apoio de Mário Silva e Ibinéias Júnior, ambos da Rádio Da Mata FM, com programas de grande audiência na nossa Cidade.

5 – Mário Silva, sensibilizado com a luta denunciou o fato em seu programa o “Ronda da Cidade” e foi diversas vezes à Agência tentando entrevistar o gerente. Sem lograr sem êxito, continuou batendo forte sobre o assunto em seu programa. A pressão, de todos os lados, surtiu efeito e a Caixa cedeu. Os caixas eletrônicos estão liberados nos sábados, domingos, dias santos e feriados. Aleluia!

Agora a luta toma novos contornos. Vamos iniciar debates sobre filas e outros serviços prestados à população e propor a criação de uma associação de usuários do sistema bancário para dar suporte às reivindicações e reclamações.

A idéia inicial é convidar representantes das agências bancárias, correios, lotéricas e representantes dos usuários do sistema bancário e dos correios para fazer uma série de debates, mediado pelas emissoras locais. A Rádio Da Mata FM, por meio de Mário Silva já se prontificou em mediar esses debates. Em seguida fundaremos uma ASSOCIAÇÃO DOS USUÁRIOS DO SISTEMA BANCÁRIO E DOS CORREIOS

No momento vamos iniciar tratando de:

a) Fiscalização municipal da Lei que regulamenta atendimento bancário na Cidade;
b) Fiscalização pelo Procon;
c) Redução das filas nos bancos, lotéricas e correios;
d) Colocação de sanitários para clientes;
e) Assentos para idosos, gestantes e pessoas com necessidades especiais;
f) Serviços de informações;
g) Rampas e caixas eletrônicos adaptados a deficientes e pessoas com necessidades especiais;
h) Máquinas desligadas ou com defeito;
i) Falta de dinheiro nos caixas;
j) Necessidade de bebedouros para clientes;
k) Fornecimento de senha numérica com registro eletrônico de horário de entrada e de saída.

Vai ser uma boa luta, participe!


Escrito por Adeildo Santos