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sexta-feira, 24 de outubro de 2008

Cristovam apóia 14º para docentes

Para o senador, bônus aumentará a qualidade do ensino no DF

O senador Cristovam Buarque ( P DT - DF) retorna ao Brasil neste fim de semana munido de excelentes argumentos para defender a melhoria da educação no país. Ele está em visita a Oslo, capital da Noruega, e Helsinque, na Finlândia, para conhecer os sistemas educacionais e afirma: “comprovei que dão certo, principalmente na qualificação dos professores”. Esse foi um dos motivos que o levaram a aprovar a criação do Bônus de Desempenho Escolar no Distrito Federal. O 14º salário será pago a professores e funcionários da rede pública de ensino que cumprirem metas de desempenho.


Já o Sindicato dos Professores do DF (Sinpro), que é contrário ao incentivo, recebe as críticas do parlamentar. “Não entendo a razão do sindicato. Só se o governador (José Roberto Arruda) colocasse uns professores contra os outros”, argumenta o senador. “O bônus vai aumentar a qualidade da educação no DF. Se todos que melhorarem no Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica) receberem o incentivo, não se trata de uma concorrência, mas de bom resultado”, completa Buarque. O sistema educacional da Finlândia é considerado o melhor do mundo por vários motivos. Mas dois se salientam: o currículo, que inclui ensino de música, de artes e duas línguas estrangeiras, e a formação dos docentes. “Quem quer fazer concurso público para professor na Finlândia tem que estar entre os 10% melhores na faculdade”, explica o senador. Briga, mesmo, Buarque terá, na semana que vem, com o governo federal. A notícia de
que o Ministério do Planejamento estaria tentando retardar a tramitação da proposta de emenda à Constituição(PEC) que trata do fim da Desvinculação dos Recursos da União (DRU) para as áreas de educação e saúde, tirou o senador pedetista do sério. Ele afirma estar sendo traído pelo governo, pois, no ano passado, aceitou votar a favor da prorrogação da CPMF, se a DRU não fosse prorrogada.


Desvinculação


A DRU é um mecanismo que permite ao governo federal usar 20% de impostos e contribuições sem precisar justificar a destinação dos recursos. Os parlamentares de oposição lutam pelo seu fim por entender que, com isso, os 18% que, por lei, são destinados à educação e à saúde, acabam calculados somente sobre 80% do total arrecadado. “Uma atitude dessas é uma burrice. Pode-se tirar dinheiro de qualquer coisa, menos da educação. Estados Unidos e países da Europa vão se recuperar mais depressa da crise porque têm bons níveis educacionais. A Índia está muito melhor do que o Brasil, lançando uma nave para o espaço. Trinta anos atrás, o Brasil estava na frente da Índia em programas espaciais, mas hoje eles nem existem”, alfineta o senador brasiliense. “Se o governo conseguiu R$ 23 bilhões para colocar nos bancos, mais R$ 7 bilhões para comprar dólares, agora vai tirar R$ 2 bilhões da educação?”

Fonte: Correio Brasiliense

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Análise da crise financeira

O senador Cristovam Buarque (PDT-DF) afirmou em Plenário, nesta sexta-feira (17), que a crise financeira por que passa o mundo deve-se à ganância dos bancos; ao excesso de produção e voracidade pelo consumo; à irresponsabilidade do governo, que permite tais comportamentos, bem como, à omissão dos parlamentares e descaso dos eleitores ao elegerem os políticos.
Em sua opinião, é necessário haver uma mudança de mentalidade para resolver a crise financeira por que passa o mundo. Em momentos de crise, ressaltou Cristovam Buarque, surgem alternativas que trazem melhorias para a realidade.

O senador lembrou que, devido à crise européia com as guerras napoleônicas, a família real veio para o Brasil, que, a partir de então, tornou-se um país industrial e cresceu. Para o senador, a atual crise vai exigir que o Brasil adote novas posturas, favorecendo o que estiver relacionado com o público, em detrimento do privado.
Cristovam explicou que a crise tem raízes no fato de os bancos emprestarem mais do que os valores que têm em depósitos. De outra parte, os tomadores ficaram sem condições de saldar suas dívidas. - As empresas, por sua vez, querem aumentar as vendas e as pessoas, consumir cada vez mais.
O senador citou, como exemplo, a postura de que todos precisam comprar um automóvel. Ele defendeu a implantação de transporte público de qualidade em vez do aumento do número de carros nas ruas, o que causa engarrafamentos e poluição.

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Inaugurada escola Leonel de Moura Brizola em Alvorada/RS

O Presidente Nacional do PDT, deputado Vieira da Cunha (RS), e o senador Cristovam Buarque(DF) participaram da inauguração da escola de turno integral Leonel de Moura Brizola, na manhã desta quarta-feira(01/10) no município de Alvorada, no Rio Grande do Sul. Localizado na região metropolitana de Porto Alegre, Alvorada possui pouco mais de 200 mil habitantes e é um dos municípios mais carentes da região.
A Escola de Turno Integral Leonel de Moura Brizola fica num dos bairros com população predominantemente de baixa renda, o Sitio dos Açudes. “Essa escola é muito mais que um prédio, é um instrumento de transformação. É a semente de uma nova sociedade, mais humana e igualitária que haveremos de construir,” afirmou o deputado Vieira da Cunha. O senador Cristovam Buarque, ex-ministro da Educação, alterou sua agenda de compromissos para prestigiar a inauguração.
“Fiz questão de interromper a campanha eleitoral para vir participar dessa importante inauguração da Escola de Turno Integral neste município. É importante que o Brasil inteiro tenha escolas iguais a esta”, destacou o senador. Participaram do evento o prefeito em exercício de Alvorada, Arlindo Slaifer; a secretária de Educação do município, Jussara Veras, e membros da comunidade.
Fonte: Ascom/PDT

sábado, 11 de outubro de 2008

Sem História

Nossa geração vai deixar um Brasil melhor, mas ainda longe dos sonhos e promessas que deveríamos ter atendido. Demos passos, não saltos; fizemos evoluções, não revoluções. Recebemos um país sob ditadura, deixaremos o país democrático com uma Constituição que assegura direitos. Herdamos um país cuja elite ignorava as massas, vamos deixá-lo com um programa que transfere renda, mesmo que minimamente.
Deixaram-nos um país sem moeda, viciado na inflação; entregaremos um país com um razoável compromisso com a estabilidade monetária. Recebemos um país que desprezava a natureza; devolvemos um que descobriu o meio ambiente.Mas a Constituição é corporativa, defende interesses de grupos, não necessariamente da pátria e do povo. Não demos os passos necessários para transformar a economia manufatureira em uma capaz de produzir os bens que caracterizam a indústria do conhecimento do século XXI. Não fomos capazes de tomar as medidas necessárias para criar e implantar uma economia que proteja o meio ambiente. Não fizemos a revolução capaz de incorporar efetiva e eficientemente nossa população pobre na participação e nos direitos da modernidade. Não derrubamos o muro que divide nosso país em dois, nem o muro que nos separa dos países desenvolvidos. E responderemos por um enorme retrocesso no nível de consciência e mobilização social.Estamos entregando aos jovens um país estancado no debate de idéias, desmobilizado na defesa dos interesses da nossa soberania, sem sonhos para o futuro nem memória política. É certo que esse vazio de idéias é fruto, entre outros, da queda do muro de Berlim e do surgimento do pensamento neoliberal único.Mas foi sobretudo o rumo seguido nesses últimos anos por políticos conservadores, perplexos diante da adoção de suas idéias pelas forças que deveriam trazer alternativas, e também o pensamento único assumido por forças progressistas que, uma vez no poder, renegaram suas idéias e adotaram as que antes criticavam. Tomamos a democracia, a eleição direta, a constituinte como panacéia para a construção do futuro. O corporativismo individualista que corroeu o sentimento de pátria e de longo prazo também é responsável pelo vazio ideológico, e limita sua luta às reivindicações imediatistas de alguns grupos. Essas são as causas do retrocesso criado pelas esquerdas que assumiram o poder desde Itamar, passando por FHC e pelo governo Lula, sem discurso alternativo para um mundo de crise ecológica, vulnerabilidade internacional e divisão social crescente. Com habilidade para aglutinar todas as forças políticas, capacidade de adaptação e simpatia carismática, além do pragmatismo, o governo Lula acabou suspendendo o debate. Os sindicatos estão paralisados, os intelectuais calados, os estudantes catatônicos, os movimentos sociais estancados, os partidos misturados, os militantes empregados e a mídia prisioneira dos escândalos.A campanha de 2008 é um exemplo. Os partidos estão misturados em composições diferentes de uma cidade para outra, sem a menor cerimônia entre antigos adversários, todos “igualmente iguais”, sem cor, sem dentes, sem projetos diferenciados. Não há sinal de idéias. As bandeiras nem ao menos indicam os partidos, apenas o número do candidato e raramente seu nome.O resultado desse retrocesso político-ideológico levará anos para ser corrigido. Os partidos parecem clubes eleitorais, reunindo candidatos sem sonhos coletivos, sem idéias de futuro. Somente a conveniência, para aumentar o tempo de televisão.
Cristovam Buarque é Professor da Universidade de Brasília e Senador pelo PDT/DF

quinta-feira, 9 de outubro de 2008

Crise não afeta emprego neste ano, diz Lupi

Entrevista
P ara o ministro do Trabalho, C arlos Lupi, a crise financeira não deverá afetar a criação
de vagas neste ano, quando o Brasil deve abrir mais de 2 milhões de postos de trabalho.
Leia trechos de entrevista. (CR e FF)
FOLHA - O ministério reviu os números de criação de vagas no ano?
CARLOS LUPI - Não. A previsão inicial, feita no final de 2007, era criarmos neste ano
mais de 1,8 milhão de vagas. Como o mercado se comportou melhor do que
esperávamos, nossa previsão é que serão criadas mais de 2 milhões de vagas formais,
um recorde.
FOLHA - Alguns economistas dizem que haverá reflexo no emprego...
LUPI - Há muito "chutômetro". Todos os economistas acham que podem prever o futuro.
Quem é mais capacitado para prever futuro é o astrólogo, o pai-de-santo. A avaliação tem
de ser feita em cima de números. A crise dos EUA já tem um ano. Naquela época,
grandes economistas analisaram que, no Brasil, cairiam produção, emprego e
crescimento em 2008. Nesses nove meses, as respostas foram ao contrário. O Brasil
continua gerando mais vagas do que em 2007 e o PIB crescerá mais neste ano.
FOLHA - A crise não afeta o país?
LUPI - Essa especulação em cima do dólar só favorece o país responsável pela crise. É
um paradoxo. Com a valorização da moeda americana, valorizam-se os títulos
americanos. Quem está ganhando com a crise foi quem gerou a crise (...). Ninguém está
imune à especulação. Duas empresas brasileiras perderam milhões de dólares, por
exemplo, por especulação. Mas nosso sistema financeiro tem linha de crédito
completamente diferente do da Europa e dos EUA. Aqui, o BC está agindo para colocar
mais recursos na economia e tentar imunizar o sistema [financeiro]. Como há muitas
empresas exportadoras, que dependem de capital externo, pode haver contaminação de
pequena parte.
FOLHA - O emprego nessas empresas não pode ser atingindo?
LUPI - Se tiver [impacto], será muito pequeno, e somente no segundo semestre [de 2009].
Os setores afetados dependem muito da atuação do BC, da política de exportação e da
captação de investimentos. Se o BC criar mais linhas de crédito que possam substituir a
dependência de financiamentos externos, o impacto na geração do emprego é próximo de
zero.

segunda-feira, 6 de outubro de 2008

Deveres com a Educação

Punição ao prefeito que descumprir dever com a educação

Documento Reservado - Projeto do senador Cristovam Buarque (PDT/DF) propõe responsabilizar o prefeito que descumprir deveres de natureza educacional, tais como o oferecimento de vagas nas escolas municipais para todas as crianças entre quatro e 17 anos e de curso de alfabetização a maiores de 15 anos. Pelo projeto (PLS 540/07-Complementar), serão também punidos, de acordo com a Lei de Responsabilidade Fiscal (Lei Complementar 101/00), os gestores municipais que deixarem de assegurar nas escolas condições de higiene e conforto e todas as condições que assegurem o bom aprendizado, bem como deixarem de cumprir seus compromissos com os professores da rede pública em relação a salários e formação.