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segunda-feira, 19 de novembro de 2007

EXPECTATIVAS DOS “INFIÉS”

Esta semana estive na Rádio Da Mata FM para uma entrevista no programa Ronda da Cidade do competente radialista Mário Silva. Tratávamos sobre a Lei de infidelidade partidária. Em dado momento fui consultado para dar opinião sobre se os vereadores de São Lourenço da Mata que mudaram de partido depois de 27 de março 2007 perderiam o mandato. A resposta não poderia ser outra: “Todos irão perder o mandato”. Após a entrevista várias pessoas me questionaram se não haveria possibilidade de alguns vereadores justificarem a mudança de partido, de haver brechas na Lei que tornasse sem efeito a sua aplicação no julgamento da perda de mandato, etc. Analisando como o texto foi redigido não deixa dúvidas. A clareza e objetividade determinando que os mandatos pertençam aos partidos é contundente. Principalmente quando assinala as hipóteses para a manutenção do mandato dos que trocaram de partido que são:

1 - Incorporação ou fusão de partidos.

2 - Criação de novo partido.

3 - Grave discriminação.

4 - Mudança de ideologia de partido.


Como se vê os vereadores de São Lourenço da Mata que mudaram de partido, a meu ver, não estão enquadrados em nenhuma dessas hipóteses. Sendo assim estão passíveis de perda de mandato. Ademais os eleitores e militantes que escolheram seus representantes dentro de um partido político deve ter seus direitos respeitados. Pessoas que há anos a fio vem trabalhando politicamente, militando em siglas partidárias por acreditar na ideologia partidária, não podem ter suas vontades distorcidas por representantes que fazem dos cargos balcões de negócios. E que na maioria dos casos beneficiam apenas os seus apadrinhados. A ideologia defendida por tantos militantes que no passado pagaram preço alto com perda e transferências de emprego, perseguição política, largar os estudos, serem presos, torturados e até mortos por defender as mudanças sociais, não deve ser esquecido, desprezado e desrespeitado por caprichos pessoais e mesquinhos. Os “infiéis” são infiéis ao partido, ao eleitorado e aos militantes que trabalham defendendo uma ideologia. Tem obrigação política de respeitar as causas partidárias e entender que o voto não é sua propriedade; é uma procuração recebida dos eleitores para ser executada com honestidade, respeito e responsabilidade. Mudar de partido, sem justa causa, é pura imoralidade política.

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